Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minhalma alcança quando, transportada,
sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo
À luz do sol, na noite sossegada
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
Amo-te com o doer das velhas penas
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas
Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse
Ainda mais te amarei depois da morte.
Elizabeth Barret Browning - Tradução de Manuel Bandeira
Nesta segunda feira de Carnaval como contraponto de pureza de sentimentos
e delicadeza de amores romãnticos aos efeitos de uma sociedade de valores
tão contraditórios e de idéias em conflito.
Guaraciaba,
ResponderExcluirFica a intenção do seu post, a todos os títulos pertinente.
Ah, a tradução de Manuel Bandeira é sublime!
Beijo :)
Querida Guaraciaba,
ResponderExcluirDesejo a você um maravilhoso dia da mulher internacional que você é. Não me equivoquei na ordem das palavras. A você, o meu beijo carinhoso. Todos os dias do ano são seus, não apenas este.
Um beijo carinhoso!
Lello
P.S. Volto para comentar a poesia dessa que é uma das minhas preferidas entre todas.
Conforme prometido, voltei para comentar.
ResponderExcluirLisye Barret achou a vida e a fama apenas depois que, já adulta, recebeu a primeira carta de Robert Browning, declarando-lhe um amor arrebatador. Desse momento, passou de doente condenada à escuridão do quarto à grandiosa poetisa que se descobriu, vindo a escrever, entre outras pérolas, esse que é um dos maiores poemas da Literatura Mundial. A versão de ninguém menos que Manuel Bandeira é impecável, assombrosamente impecável.
Infelizmente, nossa época não tem conhecido amor como o deles dois, esse amor de paixão pura, de fé ingênua da infância, de coisas pequenas, de enfrentamento das fatalidades...
Lisye Browning é uma referência para mim, em todos os aspectos.
Um abraço carinhoso
Lello