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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Flor pequenina

Flor pequenina
Tão bela!
Uma estrelinha azul singela
na touceira de capim.
Só se vê com o cuidado,
no detalhe revelado
à natureza que enfeita...
No contraponto os astros
que brilham no infinito
em suas dimensões grandiosas,
a mesma beleza graciosa
dessa flor quase menina...
Iguais na força divina,
uma estrela ou uma flor
no  Universo se revela
o Sol que alimenta a vida.
O amor de extremo cuidado,
seja no cosmo vibrante
ou numa florzinha singela 
da touceira de capim.

guaraciaba Perides (2010)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Poesia e arte na antiga China*

No palácio de Tchao - Yang

As flores substituiram a neve que pousava
nos ramos do abricoteiro.
O sopro da jovem primavera aquece o campo
e os ramos dos salgueiros sussurram de felicidade.
O canto do pássaro yang acorda a floresta
A andorinha, afinal de volta, voa rente aos telhados.

Dançarinas coroadas de glicínias brancas
bailam no palácio azul.
A festa durará até os reflexos da aurora
dançarem nas cortinas de seda

Agora, a lua ilumina o jardim,
juncado de flores de pessegueiros.
Vem comigo, bela menina!
vamos escutar o rumor das asas
que há nos bambus tocados pela  brisa

LI-PO (tradução de Cecília Meireles)

LI-PO -poeta chinês do século VIII da nossa era (701 -762)
"LI-PO  é, certamente, o que está mais perto da sensibilidade ocidental.
Seus delicados poemas são feitos de quase nada: são como miniaturas
de excelente desenho e escolhidas cores com luares, rios, florestas, palácios,
vultos que assomam com um pouco de tristeza e de alegria.
Eles nos recordam uma China Imperial de sutilezas estéticas e melhorada,
no entanto por lembranças de batalhas, com guerreiros ardentes e cavalos
bravios"  (Cecília Meireles)

sábado, 18 de agosto de 2012

Uma diva da História em Quadrinhos -Betty Boop

Betty Boop- 1931 de Max  Fleischer.
Começou com o desenho animado
e com a repercussão virou quadrinhos.
Uma das pioneiras da introdução do sexo na área.O
rosto angelical  era moldado pela estrela Helen
Kane (que processou o autor) e o corpo (advinhem) de Mae West
(História da história em quadrinhos de Álvaro Moya -Edit.Brasiliense.
No cinema foram muitos os desenhos co Betty Boop , mas um dos mais encantadores,
na minha opinião, é "Poor Cinderella" de l934,dirigido por David Fleischer e produzido
por Max Fleischer.Distribuído pela Paramount Pictures.
Veja abaixo Um desenho de quase oitenta anos!

domingo, 12 de agosto de 2012

Estrela *

Uma éguinha mansa
de um menino de outrora,
de tão cuidada que era
parecia uma  estrela
de olhos mansos de aurora.
Vivia tão em conforto
como colega de escola,
saíam para passeios,
o menino no comando
galopando pela estrada
e levantando poeira;
voltando num trote breve,
a éguinha sossegada
e o menino sonhando.
O tempo passa...
A vida urge o seu rumo...
O menino tem que ir embora
em busca do seu futuro.
A éguinha como fica?
- Como fica tudo no mundo.
O menino entristecido
despede de sua  éguinha,
entrega a um novo dono,
recomenda mil cuidados.
Um beijo no dorso da Estrela
- Adeus...preciso ir embora.
Parte o menino pro mundo,
fica a Estrela no caminho...


* homenagem ao meu pai com lembrança de vida.


Guaraciaba Perides (2012)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Frágil

Uma libélula e uma flor de lis
Transparência e névoa na manhã de abril
O campo é verde e claro como deve  ser
E o céu sem nuvens brilha em tons de anil.
Sob a gota de orvalho cujo peso é leve
a flor se inclina sob a vaga brisa...
Raio de sol, ainda morno e de sentir macio
acaricia a flor como se faz amor.
A libélula esvoaça em liberdade plena
vai de lis em lis e à vida se proclama
com asas delicadas tremulando ao vento
vive seu tempo breve em alegria extrema.


Guaraciaba Perides (2012)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Saudades da Saudade

"Antigamente a escola era risonha e franca"
Um antigo poema possuía estas palavras em seu primeiro verso.
Fez-me lembrar que realmente era assim nos meus tempos de escola.
Então recordei de algumas páginas de canções que nos faziam cantar
em nossos anos se adolescentes.E pasmem, em francês, porque muito
da cultura francesa nos era introjetada através dos bancos escolares
na década de  50 ,os seus ideais, os seus valores,antes da virada do anos 60;
resgatei duas memórias desse tempo:
-Uma música
Douce  France(cuja letra ainda me recordo).
-Um fragmento de filme
"Mon oncle" de Jacques  Tati (1958) com cenas líricas de contraponto saudosista.
Ambos revelavam saudades de um outro tempo mais antigo.
E agora restararam as saudades da saudade, inclusive a minha.


Guaraciaba