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domingo, 27 de dezembro de 2015

S A B O R D O T EM P O


Lembrando a Aurora
Sonhando o Dia
Pensando a Tarde
Saudando a Lua
que  ama o Sol
que lembra a Aurora...
Sabor do Tempo
Doce  manhã
cheia de Amor.
A luz que brilha
aos sons da Vida...
Junto às Estrelas
que tudo assistem
e que refletem
o brilho do Sol,
a  luz da Lua...
Sabor do   Tempo.

VIDA

Criando espaços de Memória
Transpondo o Tempo,
recriando o sonho,
Se eternizando em
toda Primavera...
iluminando os dias.
Não se confunde, nem se ilude,
não se transforma, nem se detém
No tempo a  Vida
Parece  Amor...
Percebe a noite que sonha o Dia
Percebe o Hoje, sonha o Amanhã
Percebe o Instante, percebe a Vida
que fia o  Tempo,
que cria a História,
que conta um Conto...
Mantém a Alma
Faz o Existir.


Guaraciaba Perides

Oração ao Tempo com  Maria Bethânia


  Um quadro de Van Gogh


Na Roda do Tempo
Na dança das Horas
na Roda da Vida
Ciranda-se Agora...

Um Novo  Ano se anuncia...Deus seja Louvado!

Que seja o Ano do Amor e da Bonança...



sábado, 19 de dezembro de 2015

ESTRELA  DE  BELÉM

Há uma   Estrela de Belém
Brilhando em qualquer parte...
No coração de um puro
ou no olhar de um Santo.
Num riso de criança
ou na voz de um sino.
No olhar trocado entre uma
mãe e um filho...
Brilho de uma Estrela...
Canção da água que cai,
no sol anunciando o dia,
no azul profundo da Terra
e em qualquer parte do
Universo  pleno...
Como um diamante bruto
cruzando o espaço pela
noite adentro...
Estrela de Belém!

Uma Estrela brilha
Cruzando o céu da memória
Nasce uma criança!
Um menino que traz
a  Vida e o Eterno em si...
Jorra a Fonte de Deus
no coração dos homens...
Reaprende-se a Esperança.


Guaraciaba Perides

AS    PASTORINHAS-   uma tradição do nosso folclore que desapareceu.
"Alguns dias antes do  Natal já as pastorinhas traziam para as ruas da cidade o seu cortejo álacre
de mocinhas e rapazes que cantavam e caminhavam dançando ao som de melodias que entoavam.
Era uma tradição que vinda dos estados  se ambientava aqui na capital e dava uma nota caracterís-
tica aos festejos do nascimento do Menino ´Deus.
Procuravam esses grupos reproduzir, rememorar a jornada dos pastores à cidade de Belém onde
nascera o filho do carpinteiro José e da Virgem  Maria, onde a criança escolhida para trazer os
ensinamentos e exemplos de bondade e cordura do Deus Pai se fazia homem e iniciava assim
o seu sublime apostolado de redenção, de reunir a humanidade novamente no seio de seu
Criador do qual se desgarrara.
À frente desses bandos festivos, graciosa menina vestida com uma túnica branca trazia na
ponta de uma vara, o mais alto possivel uma pequenina  estrela. Era a Guia, a Estrela que levara
os Magos do Oriente à estrebaria humilde  onde se encontrava o Messias. Seguiam-na, os três reis
com seus mantos bordados, compridos, rentes ao chão, carregando as pequenas arcas com os presentes que iam oferecer ao  Menino.
Logo depois, puxando o cortejo de Pastores, vinha o Velho, Papai Noel. Barbas brancas, farta
cabeleira de algodão, caminhava  a custo, tremendo muito, apoiando-se no seu cajado. E cantava
com voz grossa e pesada :
"Caminhemos, caminhemos
À lapinha de Belém,
Visitar o Deus -Menino
Que salvar o  Mundo vem"
E as Pastoras batendo castanholas nas palmas da mão, sacudindo os chocalhos, repetiam em coro
com alegria, sempre marchando e gingando o corpo mansamente ao rítmo da música que entoavam..."( texto extraído da Revista da Semana, 28/12/ 1940)  -in  "Figuras  e Coisas da Música Popular Brasileira" de  autoria de  JOTA  EFEGÊ

As pastoras iam assim dançando visitar as casas das pessoas que possuíam presépio armado onde se apresentavam dançando, cantando e fazendo pilhérias com o "Velho"


a  explicação das Meninas , Pastorinhas de Pirenópolis , cidade de Goiás  (centro-oeste do Brasil)
M


Uma  linda música do nosso cancioneiro  referindo-se à tradição das Pastoras
 de João de Barro em parceria com Noel Rosa (1937)



Que nosso Natal presente seja sempre tão feliz como o Natal passado , das boas lembranças , da nossa saudade e sobretudo da nossa Esperança  por um mundo melhor...
FELIZ NATAL!




quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

HISTÓRIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA parte XVII

Continuação...

VANGUARDAS:

A linha de experimentação da MPB foi impulsionada com êxito em São Paulo a partir da
década de 80. A partir do Festival Universitário da TV  Cultura despontou com sucesso Arrigo
Barnabé, pianista e compositor paranaense  que lançou em 1980, o LP Clara Crocodilo, uma
ópera rock com estrutura baseada no dodecafonismo (influência que há algum tempo circulava
apenas nos limites da música erudita) e le tras que parodiavam a linguagem das histórias em
quadrinhos.  Seu segundo LP, Tubarões Voadores, de 1984 recebeu o prêmio de melhor disco
do ano pela revista francesa Jazz Hot.  O trabalho de Arrigo se estendeu às salas de concerto,
aos festivais de jazz, ao cinema e ao teatro.  Posteriormente seu irmão Paulo Barnabé levou
as idéias do irmão para o campo do Punk  Rock, com sua Patif Band e duas vocalistas que
trabalhavam com Arrigo partiram para outras linhas de investigação: Vânia Bastos e Tetê
Espíndola.


Outros movimentos novos da Vanguarda Paulistana foram revelados com características
muito próprias, como por exemplo, Itamar Assumpção, que criou músicas, que mesclavam
o samba, o funk e o reggae.Seus três discos foram independentes. Com a Banda Isca de Polícia
 gravou "Beleleu, leléu" em 1980,  "Às próprias custas S. A." em 1983 e "SAMPA Midnight" em 1986.

Outro grupo de Vanguarda,  O RUMO,, estreou em 1981, com o disco do mesmo nome, desenvolvendo um trabalho entre o samba de breque e o rap, com poesia e irreverência. O
grupo Rumo procura explorar a musicalidade da fala.

Outros grupos ainda como "Premeditando o Breque! e "Língua de Trapo" desenvolveram uma
vertente mais satírica desse momento da música  paulistana.


SERTANEJO;

Com relação à música  sertaneja ou de raíz dos anos 60, ela  também começou apresentar
variações e influências.
Entre  60 e 70, o aparecimento de Sergio Reis e Renato Teixeira, agitou o mundo sertanejo.Em
1960, ainda, o genial violeiro de norte de Minas Gerais, Tião Carreiro, inventa o pagode caipira,
misturando samba, coco calango na roda ( na definição de outros tocadores e do contemporâneo
Tião Azevedo.

Nos anos 80, surgiram a dupla mineira Pena Branca e Xavantinho  e adequando sucessos da MPB
à linguagem da viola, Almir Sater, violeiro sofisticado que  passeava entre as modas de viola e o
blues. A guinada para o country music com a adoção de instrumentos eletrificados e formação de
grandes bandas deu-se com o grande sucesso da dupla Chitãozinho e Xororó em 1982.
A eles seguiram-se outras duplas de sucesso, cada vez mais direcionadas para o romantismo
pop herdado da  Jovem Guarda, como Leandro e Leonardo e Zezé Di Camargo e Luciano.

Os anos 90, marcaram a convivência de dois segmentos musicais oriundos dos gêneros rurais,
os mencionados sertanejos pop, voltado para os grandes mercados internacionais e o dos novos
caipiras, músicos saídos das universidades dispostos a trabalhar  a música "raiz".Estes criaram
um circuitos de gravadoras independentes e apresentações teatrais entre São Paulo e Belo Horizonte,
já se irradiando até o Rio de Janeiro. Os detonadores desse movimento foram Renato Teixeira
e Almir Sater. Entre os nomes mais expressivos dessa nova geração de instrumentistas estão os
compositores mineiros Roberto Correa, Ivan Viola, Pereira da Viola, Chico Lobo e o paulistano
Miltinho Edberto.

 Festival de 1979. Música Infortúnio de Arrigo Barnabé




Itamar Assumpção:


Do grupo Rumo : Carnaval do Geraldo 







De Renato Teixeira a maravilhosa  "Romaria"




No Rancho Fundo com Chitãozinho e Xororó.




Cio da Terra  de Pena Branca e Xavantinho


E para terminar uma das das mais lindas  , com Almir Sater "Tocando  em Frente"





Assim encerro este trabalho sobre um Breve  Histórico da Música Popular Brasileira que ems linha
bem gerais abrange os principais movimentos do século XX.  Muitos estudos ficaram de fora, pois há em cada gênero uma infinidade de variações regionais e seus   cantores , que merecem estudos de grande abrangência. O universo musical brasileiro é muito rico e pode-se dizer que é o que temos de melhor.

O principal material bibliográfico
 fica aqui relacionado;
Coleção História da Música Popular Brasileira- ABRIL  CULTURAL (1970, )
Coleção História da Música Popular Brasileira (Grandes Compositores  ABRIL CULTURAL(1973)
Coleção Nosso  Século - Editor Abril - volumes 1, 2, 3, 4,5.
Coleção História da Vida Privada no Brasil  Volume 3 (República da Belle  Èpoque à Era do Rádio)
Texto de Nicolau Sevcenko: " A capital irradiante.Técnica, Rítmos e Ritos do Rio( cap.7)
Editora Companhia das Letras.-1988
Projeto Apoteose ao Samba- textos de Nei Lopes e Tárik de Souza in Apoteose ao Samba
Projeto História da Musica Popular Brasileira Período Colonial I e II
organizado por Ricardo Kanji e texto de Paulo Castagna
No tempo de Noel Rosa- Almirante edit. Francisco Alves 1977
Tropicália: a história  de uma revista musical de Carlos Calado - Edito 34  -1977
Chega de Saudade de  Ruy Castro   Editora Cia das letras
Tropicália, Alegoria, Alegria de Celso Favaretto
A Canção popular Brasileira
 de Maria Vasco- Edit .Francisco Alves  (2002)
Música popular Brasileira  Hoje - Folha Explica  (2002)  org, por Arthur Nestroviski.

Agradeço a possibilidade de poder ilustrar com vídeos do youTube

A história já caminhou bastante e muita novidade já apareceu...vamos ver o que vai ficar para a história.